International Journal of Cardiovascular Sciences. 01/maio/2018;31(3):199-200.
É Possível Remodelar o Coração com Seis Meses de Treinamento Militar Intenso em Jovens já Fisicamente Ativos
DOI: 10.5935/2359-4802.20180026
Os médicos são formados e capacitados para tratar doenças e salvar vidas. Isso é particularmente notável e valorizado nos cardiologistas. No entanto, nem todos conseguem ver ou pensar na outra “ponta” no cotidiano de suas vidas profissionais atribuladas. Na realidade, muito frequentemente adoecemos porque não promovemos adequadamente nossa saúde, com um estilo de vida adequado, e por não adotarmos as estratégias preventivas mais recomendadas. Parece ser cada vez mais importante atuar antes da doença e, nesse sentido, a prática regular de exercício físico passa a ser uma grande ou a maior prioridade. Todavia, há uma natural preocupação clínica com a possibilidade dessa prática de exercício ser “exagerada” e por em risco a saúde e a integridade física dos exercitantes. Nesse contexto, é oportuno ler o artigo escrito pelos colegas portugueses e suecos e publicado nesse número do International Journal of Cardiovascular Sciences.
Dinis et al., estudaram 76 jovens portugueses que já tinham patamares bastante altos de exercício físico regular – > 10 horas/semanais -, e que foram participar de um programa especial de treinamento militar. Esse treinamento especial consistiu de 20 horas de exercícios de diversos tipos e de uma intensidade propositadamente muito alta, divididos em cinco dias da semana por 35 semanas. Provavelmente, em função do nível muito alto de exigência desse treinamento especial, somente 17 dos jovens, todos com atuação e experiência desportiva competitiva prévia, conseguiram completar as 35 semanas.
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