International Journal of Cardiovascular Sciences. 01/jan/2018;31(1):47-55.

Avaliação da Relação do Índice Tornozelo-Braquial com a Gravidade da Doença Arterial Coronária

Andrea Mabilde Petracco, Luiz Carlos Bodanese, Gustavo Farias Porciúncula, Gabriel Santos Teixeira, Denise de Oliveira Pellegrini, Luiz Claudio Danzmann, Ricardo Medeiros Pianta, João Batista Petracco

DOI: 10.5935/2359-4802.20170094

Resumo

Fundamento:

A Doença Arterial Periférica (DAP) está associada a eventos cardiovasculares, podendo ser diagnosticada e estimada através do Índice Tornozelo-Braquial (ITB). Está bem estabelecido que o ITB é fator agravante na estratificação de risco cardiovascular, mas sua contribuição para definir a gravidade do acometimento arterial coronariano não está bem estabelecida.

Objetivos:

Estudo testou o valor do ITB com a gravidade da doença aterosclerótica coronariana pelo Escore de Syntax (ES) em pacientes com Síndrome Coronariana Aguda (SCA).

Métodos:

Estudo prospectivo com medida do ITB de todos os pacientes internados com SCA no Hospital São Lucas da PUCRS, consecutivamente, de maio a setembro de 2016, e comparação de seu valor com o ES e tipos de SCA desses pacientes. As análises foram realizadas considerando-se o nível de confiança de 95% (α = 5%).

Resultados:

101 pacientes, com média de idade de 62,6±12,0 anos, 58 (57,4%) masculinos, 74 (82,2%) hipertensos, 33 (45,8%) diabéticos e 46 (45,5%) com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do ST (IAMCSST). A gravidade da DAP não teve relação com a gravidade anatômica da doença arterial coronariana (DAC). Encontramos uma associação significativa de ES intermediário com infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do ST (IAMSSST) e de ES baixo com angina instável (AI) [OR (IC95%): 1,11 (1,03-1,20); p = 0,004], que se manteve após análise multivariada, ajustada para idade, tabagismo, história familiar de DAC e DAC prévia [OR (IC95%): 1,13 (1,02-1,25); p = 0,019].

Conclusões:

Analisando nossos resultados, encontramos que pacientes com ITB < 0,9 não apresentaram associação com maior complexidade determinada pelo ES em pacientes com SCA. Os pacientes com IAMSSST estiveram mais associados com ES intermediário.

Avaliação da Relação do Índice Tornozelo-Braquial com a Gravidade da Doença Arterial Coronária

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